Tenho, em certos momentos da minha vida, uma teoria um bocado
sádica e que iliba o sujeito das responsabilidades do dia-a-dia.
Acontece-me pensar que tenho um Ser superior a comandar as
minhas acções. Não um Deus, um Ser, igual a vários seres, mas que me dirige.
Seria, portanto, mais ou menos como jogar SIMS, mas eu seria aquele boneco
tosco e desarticulado cujo “mestre” dispõe um seguimento de “beijo-abraço-beijo-beijo-beijo
apaixonado- triqui-triqui” nos dias em que se sente um elemento da sociedade,
ou que me manda arremessar foguetes mesmo ao pé das estantes com os meus livros
favoritos, incendiando a minha casa e todos aqueles que estão no mesmo
quarteirão.
O meu mestre tem andado estranho. Não sei que se passa na
vida dele, mas neste mundo ficcionado já temos médicos onde ir, será que não há
análogo lá no mundo dele?
Aguardo, resignadamente, que me lance o próximo estímulo,
seja ele mudar de emprego e começar a pintar gatafunhos, ou submergir numa
piscina sem escadas.